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domingo, 18 de junho de 2006

Matemática das cítaras estrambóticas

Um dos rituais mais esquisitos dos nativos de Hi-Brazil é o julgamento dos tocadores de cítara estrambótica. O ritual é uma avaliação para determinar se o tocador será adorado ou castigado; se adorado, pedem seu rabisco em folhas de bananeira, lhe oferecem daikiris de amarula e belas mulheres para amaciar seu umbigo. Se castigado, é pisoteado até a morte pelos furiosos elefantes vesgos da crítica musical, ou vai para a poça de lama mais próxima. E é esquecido lá.

Após vários estudos, ficou claro que os tocadores de cítara estrambótica são classificados numa escala matemática simples que obedece a seguinte fórmula:

( R * C ) K (R vezes C elevado a K)

onde R é o número de riffs de cítara bem concluídos, C é a quantidade de codas com algum conteúdo relevante, e K é o coeficiente de IMPRO, ou Índice Maleável de Punheta Relativamente Oca. Sendo que a multiplicação de R por C é elevada a K, este é o coeficiente mais importante para saber se o tocador de cítara estrambótica será colocado no coqueiro com vista para o mar ou jogado para a poça de lama fedorenta para ser ritualmente pisoteado.

E é desse jeito que todo tocador de cítara estrambótica recebe um número resultante da fórmula; Seven Vaias ou Ken Glichors da banda ‘Krigga e seus Bundolos’ recebem notas altas como 738 ou 821, enquanto outros com taxas IMPRO estatisticamente baixas como Robert Grippos ou Eric Claxton recebem só 24.

Mesmo assim os nativos de Hi-Brazil parecem se divertir mais no seu julgamento do que ouvindo a cítara estrambótica. Matemática simples.