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quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Amor puro ?

(Em resposta a Miguel Esteves Cardoso – in Expresso)

Por que será que Kant não fez uma "crítica ao amor puro" ?
É mais fácil criticar a razão.

Mas enfim, embora discorde um pouco do olhar esquizóide do moço, devo concordar no quesito "romanticismo". Se somos românticos 'demais' somos idiotas, é como se tivéssemos que ser um pouco paranóicos para sermos saudáveis.

Mas eu proponho uma solução da equação caminhando pela "Navalha de Ockham": eu pergunto 'quem disse que o amor é assim tão comum ?'

Casamento é um contrato. Se há amor, tanto melhor, mas não me atreveria a dizer que atrás de todo casamento há amor. Me atreveria a dizer que é uma rara exceção, e que desaparece nos primeiros anos quase em todos os casos.

Inclusive não temos por quê casar ou 'ser feliz' como sinônimos. podemos sermos felizes solteiros, oscilando entre um deletério comércio sexual limpo e claro, e alguma idiota paixão arrebatadora de contas correntes e tal.

Pesimista ? Não... Eu perdi e conquistei o meu amor muitas vezes... talvez uma vez perca de vez, mas como um verdadeiro amor, ele (ao contrário do que os falsos romancistas dizem), ele nunca se conquista plenamente; e, afinal de contas, estar casado não é garantia nem mesmo legal, então, por que a segurança ?

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